O extrato de Aécio: mais de R$ 21 milhões em corrupção

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A delação feita no fim do ano passado, que denuncia a entrega de R$ 300 mil a um diretor da UTC para repasse a Aécio Neves foi só mais uma para a conta do senador. Muita gente esquece, mas a lista de acusações de Aécio vai longe. E se somássemos todos os valores que ele teria recebido por meio de práticas ilegais? Pois o Viomundo fez isso e a conta passou dos R$ 21 milhões. Se atualizados para novembro de 2015, usando o IPCA-IBGE, os valores chegariam a R$ 34,8 milhões.

Abaixo está a conta (que pode ser ainda maior):

Operação Lava Jato (2013): R$ 300.000
TOTAL: R$21.310.000,00
Pois Janot parece não ter feito as contas. Aécio segue pagando de bom moço no senado, posando na imprensa como um grande combatente da corrupção.

FHC diz que sabia de corrupção na Petrobras desde 1996 e não fez nada. É mentira ou foi conivência?

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Fernando Henrique Cardoso fez declarações sobre pressão para nomear “ladrões” como diretores da Petrobrás no início de seu governo numa tentativa de sair de bom moço. Mas a gente é véio de guerra e já tá bem acostumado com a retórica relativista do ex-presidente tucano. Se sabia da corrupção na Petrobras desde o início do seu mandato, por que não fez nada para investigá-la e acabar com ela? Simples: ou é mentira, ou mais uma vez engavetou. Quem não procura não acha, presidente.

Em seu segundo livro, “Diários da Presidência”, ainda não lançado, ele revela que foi alertado sobre o “escândalo” que era a estatal, em 1996. Ele descreve uma conversa que teve com o dono da CSN (Companhia Siderúrgica Nacional), Benjamin Steinbruch, nomeado pelo próprio FHC para o Conselho da Petrobrás. Na ocasião, relata, Steinbruch disse “que a Petrobrás era um escândalo. Quem manobra tudo e manda mesmo é o Orlando Galvão Filho, embora Joel Rennó tenha autoridade sobre Orlando Galvão”. FHC se refere ao então presidente da BR Distribuidora (Galvão Filho) e ao então presidente da estatal (Joel Rennó).

Apesar de dizer que “se tratava de uma coisa totalmente descabida” e de pensar ser preciso intervir na Petrobrás, FERNANDO HENRIQUE CARDOSO NÃO FEZ NADA. Tem gente que gosta de fechar os olhos para aquilo que não convém a seus interesses, mas não é novidade pra ninguém que a gestão tucana à frente da presidência da república é conhecida pelos engavetamentos. Hoje, dizem, a corrupção tomou conta da Petrobrás. ERRADO. Hoje, foram criadas (por Dilma Rousseff) as ferramentas para que se investigue a corrupção e se punam corruptos e corruptores. Nos tempos de FHC nada aparecia, não porque não existisse, mas porque não era investigado.

FHC estava ocupado demais promovendo o fim do monopólio estatal do Petróleo. Seu plano era entregar o Petróleo para as multinacionais estrangeiras o mais rapidamente possível – e a Petrobrax junto com ele.

O mesmo aconteceu com relação a Eduardo Cunha. No mesmo livro, o ex-presidente diz que não confia em Cunha desde 96, quando recebeu um relatório para que ele fosse indicado para assumir o cargo de diretor comercial da Petrobrás. “Imagina”, teria respondido FHC, “problemas com esse nome”. Se existiam problemas, por que não foram investigados? Mais uma vez, FHC, por um “deslize” entrega sua veia engavetadora dos problemas da União. E mais, se FHC não confia em Cunha há tanto tempo, por que o PSDB apoia o atual presidente da Câmara desde o começo de seu mandato?

O maior problema dos nossos analistas políticos profissionais é exaltar aqueles que fingiam que o problema nunca existiu enquanto execram aquela que fez com que esses problemas viessem à tona para que, então, pudessem ser sanados. Se fingimos que algo não existe, como legislar ou governar sobre o tema? FHC é perito nisso.

O leilão do petróleo e a tentativa de resgatar a república das bananas

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Em um momento de crise mundial do capital e do petróleo, a ANP decide fazer um leilão de lotes de exploração do petróleo em concessão para “sentir o terreno”. No cenário atual de baixa mundial no preço dos commodities, a intenção real parece se relacionar com o favorecimento do mercado, o aumento do clima de insegurança em relação ao Brasil e a venda de nossa riqueza a preço de banana, além de reforçar os rumores de que a Petrobrás vai mal das pernas.

Hoje, um dia após o leilão, as manchetes são de que apenas 14% dos blocos foram arrematados e os lucros foram bem menores do que o esperado. Além disso, a imprensa faz questão de enfatizar que a Petrobrás não deu nenhum lance, oque justificaria o mau momento por que passa a empresa e teria feito com que as outras grandes petrolíferas não participassem.

Vamos aos fatos. O primeiro ponto inegável é que fazer leilão de petróleo nessa conjuntura é dar tiro no pé, e mais, é trair o Brasil e todos os brasileiros, na medida em que vende o que é nosso a preço de banana pra quem não tem a mínima responsabilidade e compromisso com o nosso país.

O segundo ponto que a mídia tupiniquim ignora (de propósito) é que, devido à queda do preço dos barris de petróleo, todas as grandes petroleiras do mundo estão em crise. No final de julho, todas divulgaram seus balanços trimestrais com resultados muito aquém do esperado. A Shell registrou queda de 33% nos lucros, anunciou a demissão de 6.500 funcionários e o corte de US$ 4 bilhões em custos operacionais. A British Petroleum teve prejuízo de US$ 6,27 bilhões no 2º semestre, frustrando analistas. O lucro da Exxonmobil caiu 52% no 2º trimestre.

O lucro da Petrobrás, enquanto isso, superou o da Chevron, Exxon e BP. Notícia que não foi alardeada pela mídia e muito menos comemorada pelo mercado. O balanço do primeiro semestre da Petrobrás é o melhor dentre as maiores petroleiras do mundo.

A nossa imprensa justifica o desempenho pífio das multinacionais pela queda do preço do petróleo, mas tenta colar a pecha da corrupção à Petrobrás e, assim, contribui para a instabilidade do mercado.

É bom lembrar que a BP atribuiu o fraco desempenho não só à crise mas também às despesas que teve para encerrar queixas federais e estatais nos Estados Unidos relacionadas ao vazamento de petróleo da plataforma Deepwater Horizon, no Golfo do México, em 2010. Isso, senhores, é exploração predatória. Justamente o que tentamos evitar dando à Petrobrás a função de única exploradora do Pré-Sal. Sendo estatal, a Petrobrás tem compromisso com o Brasil e não vai explorar apenas em busca de lucros, independentemente dos danos ambientais causados pelo caminho.

A imprensa internacional, um pouco mais coerente, anuncia que as petroleiras têm a maior queda de lucros e uma década, tudo isso por causa da crise do petróleo. Dentre as citadas estão Chevron, Exxon, e OXY (Occidental Petroleum), as maiores apontadas pela Standard & Poors (aquela, super confiável, que rebaixou a nota do Brasil).

Diante de tudo isso, não se deixe enganar. A crise é mundial e passa também pelo petróleo. Apesar de tudo isso e da campanha interna contra o seu crescimento, a Petrobrás continua muito bem das pernas e esse leilão realizado pela ANP, na conjuntura atual, é só mais uma tentativa de resgatar o passado do Brasil de república das bananas.

Enquanto Rollemberg sobe passagem para R$ 4, Deputados Distritais do DF gastam 13 milhões com envio de cartas

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O governador do Distrito Federal – Rodrigo Rollemberg – gosta de dizer aos quatro cantos que as contas do GDF estão desequilibradas e que ele precisa arrecadar da população. Com esse pretexto,colocou em curso uma série de ações deliberadas contra os trabalhadores: promoveu atraso no pagamento de servidores públicos,subiu a tarifa de ônibus de R$ 3,00 para R$ 4,00 – o novo recorde negativo como maior tarifa de transporte público do país – e aumentou o preço dos restaurantes populares de R$ 1,00 para R$ 3,00. É inacreditável, mas é verdade: Rollemberg resolveu colocar toda a carga contra os mais pobres, promovendo aumento de impressionantes 200% nos restaurantes populares e elevando a passagem de ônibus a valores impagáveis.

Enquanto isso tudo tá rolando, a gente se depara com a informação de que os deputados distritais gastaram, em 4 anos, mais de R$ 13 milhões com envio de correspondências pelos Correios. No geral, o dinheiro é usado com material de divulgação de suas atividades e cartões de aniversário para os eleitores. Mesmo na era digital, nossos queridos parlamentares ainda estão gastando milhões com o envio de cartas pelos correios. Só em 2015, já gastaram R$ 2,4 milhões para enviar cartas. A verba já é maior do que a usada em todo o ano passado (2014). Como pode?
 
Uma dica para os governantes do DF: que tal baixar o whatsapp, economizar R$ 13 milhões e pensar em outros cortes administrativos, em vez de aumentar preço da comida e das passagens de ônibus?
Leia mais sobre essa delicada situação aqui -> http://goo.gl/OQZS6f